Discutindo a Redação

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SIMPLES PRAZER OU MORTE?



Alguém já parou para pensar em quantas pessoas se matam sem se dar conta? Sim, muitas vezes o prazer da comida acaba matando o ser humano, e ele não percebe. O pecado da gula virou um livro escrito por Luiz Fernando Veríssimo, e traz temas atuais com uma pitada de humor e tragédia.


O prazer incontrolável de comer, uma sensação de não ser saciado nunca, pois é deste sentimento que muitas pessoas acabam ficando obesas. Não que isto seja um crime, mas ir prejudicando cada vez mais sua saúde por conta disso também não dá. A obesidade se tornou uma doença grave, que cada vez atinge mais e mais pessoas no mundo.


A partir dos anos 70, a alimentação passa a mudar, as indústrias começaram a diversificar inventando comidas com cores, tamanhos e sabores diferentes e a acessibilidade a estas novidades foi ficando cada vez mais fácil. Entretanto não devemos afirmar que a obesidade é somente causada pelo excesso de comida, existem outros fatores com o sedentarismo que na junção com a má alimentação, propicia o aumento no número de obesos nos países.


No livro, os integrantes do Clube do Picadinho são gordos e não aceitam o “não comer” de seus pratos preferidos, eles sabem que logo após a refeição vão morrer, dizem que pretendem morrer com prazer. Na vida real, não é tão instantâneo o fato da morte, mas ao ingerir alimentos que venham prejudicar a vida das pessoas, é um modo de suicídio aos poucos. Ao contrário dos personagens do livro, as pessoas não precisam viver sabendo que irão morrer a qualquer momento, uma mudança de hábito resolve este problema, não abra mão do que gosta de comer, moderação é a palavra chave, dosando a quantidade de comida e adquirindo uma vida com mais exercícios, sua saúde vai melhorar sem prejuízo.


Texto dissertativo – Michelle Karoline

A AMIZADE E A NOSSA FORMAÇÃO

 


O livro “Gula”, de Luiz Fernando Veríssimo, retrata histórias de amizade que podemos observar no nosso cotidiano. Brigas, encontros e intrigas são características que fazem parte de qualquer roda de amigos, independente da cidade, país e cultura.


Mas o que faz com que homens e mulheres se agrupem e compartilhem juntos alguns momentos de suas vidas?


A resposta tem mais a vez com o individual do que com o coletivo. As pessoas tem a tendência de se aproximarem de alguém que divida com elas os mesmos gostos, as mesmas preferências. Por isso, “o clube dos anjos”, apesar de toda a fantasia retrata por Veríssimo, é uma típica história de amizade, onde dez homens reuniam-se para saborear os prazeres da gastronomia.


Você, provavelmente, tem amigos que se assemelham a ti, e é com eles que você gosta de passar o tempo, não é mesmo? Pois é, somos o que gostamos. E o que gostamos mostra com quem nos relacionamos. E as pessoas com quem nos relacionamos são as responsáveis pela formação do homem/mulher que somos. Por isso, tratem bem dos seus amigos, eles fazem parte de você.





Texto - Matheus D’Avila

Status



A sociedade vem exigindo, cada vez mais, um padrão de vida social rentável da sua população. Isso se dá pelo status adquirido de forma gradual, ou seja, em decorrência do padrão de vida de cada um no meio em que vive.


 De acordo com estudos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da ABEP (Associação Brasileiras de Empresas de Pesquisa), o Brasil possui, atualmente, cinco classes sociais, divididas de A a E; todas de acordo com a quantidade de salários mínimos que a família soma ao final de cada mês. Têm-se para a classe mais alta o valor de 20 salários mínimos, e, para a mais baixa, até dois destes salários. Esta diferença econômica é bastante visível em todo o território brasileiro e vem acarretando em uma divisão, até hoje, irrevogável, de desestabilidade, social e econômica, nacional.


Sabemos, também, que esta diferença social se dá pelo controle, em grande parte dos aspectos, da classe dominante sobre o estado e sobre a classe inferior. Isto gera um ciclo, que dificilmente sofrerá mudanças. Enquanto os masters estiverem ditando o valor dos impostos, o valor de um salário mínimo digno de sobrevivência, o preço dos alimentos, e, assim por diante, não conseguiremos construir um Brasil com diferenças sociais e econômicas mínimas.


Portanto, podemos concluir que a forma econômica familiar brasileira é ditada por um conceito, diga-se, de passagem, injusto; pois as pessoas que fazem parte das classes altas permanecerão nelas em decorrência das vantagens já citadas aqui, e aquelas pessoas que fazem parte das classes médias e baixas dificilmente conseguirão alcançar um patamar de vida diferente do presente, pois, sofrem com este ciclo controlado.


Texto argumentativo – Andréia Danielle Kunz

Ambição x Bom Senso.

  Vivemos em um país cuja cultura não estimula o bom senso. Desde a infância aprendemos a ler, escrever, fazer cálculos, mas ninguém ensina a não atropelar quem está na sua frente na fila do ônibus, ou simplesmente parar na faixa de pedestres. Intuitivamente somos motivados a sermos impacientes e mal educados e não ficamos constrangidos se for para nos darmos bem.


Um assistente para ser promovido à gerência “queima” os colegas, passa por cima da opinião alheia, cria uma imagem para si de absoluta perfeição para alcançar seu objetivo, parece uma atitude egoísta, mas é mais comum do que se pensa.


Uma mulher bonita e jovem namora um milionário dono de uma revista  apenas 60 anos mais velho que ela. Parece estranho, mas isso trouxe a ela fama e dinheiro fazendo com que até a felicidade passe a ter um valor monetário.


Com a necessidade de manter ou aumentar os níveis de consumo da sociedade, o poder avança e devasta cada vez mais a natureza. Mas quem se importa com o Xingu? Nós, altamente individualistas, pouco nos importamos em mudar nosso estilo de vida, ignoramos o próximo como se isso fosse de outro planeta, e colocamos em risco o futuro dos nossos filhos, netos. E mais uma vez a ambição age sem a ética, e quem tem um pouco mais coerência e educação acaba se sentindo quase um ET.


Se a minha ambição for além dos limites e alguém tiver que morrer para eu ter o meu óculos da moda, coitado do sorteado. Quem ousar ser mais empreendedor, estudar mais, trabalhar mais, ou até for mais bonito será visado.  O problema não está em perseguir seus sonhos, mas em não ficar constrangido se para isso tiver que prejudicar o próximo ou a si.


O homem é o único animal que sempre quer mais do que precisa. O homem é o homem porque quer mais, como já disse Luís Fernando Veríssimo no livro O Clube dos Anjos.


O consumismo, o individualismo e a violência estão essencialmente ligados ao mundo capitalista em que vivemos.  E infelizmente nada é feito, pois para que se mude alguma coisa seria necessário incluir na educação básica o bom senso.



Vanessa Wigger.


Argumentativo.
Tema: ambição e o bom senso.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O BBB

O livro 1984 é um romance político, escrito em 1948 por Eric Arthur Blair (1903-1950), sob o pseudônimo de George Orwell (Um pouco de ar, por favor), um dos mais influentes autores do século XX. O livro com 301 páginas foi lançado pela editora Secker and Warburg (Londres),  e conta a história de Winston Smith, um dos tantos funcionários do Ministério da Verdade. 1984 é um dos romances mais famosos de Orwell, a história contada no “futuro” ano de 1984 na Inglaterra, ou mega bloco da Oceania como é apresentado para nós, mostra a transformação da realidade; disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob regência do onipresente Grande Irmão (Big Brother). É no meio desta idéia de poder e sociedade, que Winston personagem central da história, vive seu amor por Júlia, e é influenciado por sua admiração por O’Brian, um dos membros do Partido Iterno.
As obras de Orwell tiveram um influencia significativa na literatura, mas nada comparado ao sucesso do seu 1984, termos criados no livro viraram de uso popular como o famoso neologismo “duplipensar” que é a capacidade de armazenar duas crenças contraditórias simultaneamente e aceitar ambas. Com base no livro o compositor Wolf Borges e a cantora Jucilene Buosi lançaram um CD, intitulado “1984 – Uma leitura musical”, com músicas que retratam a trama como: “Dois minutos de ódio”, “Grande Irmão”, “Júlia”, entre outras. Este CD deu origem a um monólogo cênico.  1984 que inicialmente era para ter sido chamado de “O Último Homem na Europa”, foi traduzido para 65 línguas.
Winston Smith então com 39, é um dos funcionários do ministério da verdade, sua função é reescrever e alterar dados de acordo com as necessidades do partido, de forma que o Grande Irmão nunca estivesse errado. Pois a função do ministério da verdade era justamente esta: criar a verdade, pois o Partido sempre está correto. Durante a trama Winston começa a questionar o partido, ele sabe que aquilo que esta acontecendo não é correto, mas passa o tempo todo se policiando para não pensar muito sobre isso pois se não cometerá crimideia (crime de ideia em novilingua), podendo assim ser capturado pela Policia do Pensamento e acabar vaporizado. Todos os habitantes da grande Oceania, um dos três grandes estados em que foi dividido o mundo, são vigiados pelas Tele Telas. Seus filhos vizinhos e amigos são incentivados a denunciá-los para a Policia do Pensamento se os virem cometendo crimideia. Winston fica cada vez mais incomodado com a pressão do regime e começa a escrever um diário no canto “cego” de sua casa. No trabalho conhece Júlia uma funcionária do Ministério de Ficção, vive então um grande amor, embalado por seus sonhos românticos e pela disposição de Julia em enfrentar o poder junto com ele, com ela compartilha suas ideias e juntos tentam lembra o que acontecia antes de o Partido tomar o poder, pois Winston sabe que nem sempre as coisas foram daquele jeito que uma vez as pessoas já foram “livres”. Um dia O’Brian um dos membros do Partido interno, que também percebeu que Winston era diferente o convida para ir a sua casa é a partir desta escolha que Winston descobre que nem sempre se pode ir contra o poder, conhece então o quarto 101, e descobre que determinadas escolhas não tem volta.
No livro Orwell expõe uma teoria de guerra, qual o objetivo não seria vencer o inimigo nem lutar por uma causa, este sim é o de manter o poder das classes altas, limitando acesso a educação, à cultura e aos bens materiais produzidos pelos pobres e para impedir que eles acumulem cultura e riqueza e se tornem uma ameaça aos poderosos. Em outro de seus livros “A Revolução dos Bichos”, Orwell mostra esta mesma dominação de classes que se consideram superiores e esta sede pelo poder. Em A Revolução dos Bichos, temos a rebelião dos animais de uma fazenda com o intuito de banir os seres humanos dali, sendo que está ficaria sob cuidado de todos os bichos, pois seriam livres e tudo seria decidido por votação nesta nova sociedade democrática. Como os porcos são considerados mais inteligentes eles começam a ditar as regras... O poder sob a cabeça de um dos porcos, Napoleão, acaba se tornando quase tão humano e mais tirano do que o antigo homem dono da fazenda. O modo como os bichos são convencidos do que é certo e errado e a mudança da história que é feita é muito semelhante à de 1984, como Winston e toda a população da Oceania devem idolatrar o Grande Irmão, todos os animais devem venerar Napoleão. A mudança da verdade que ocorre nos dois livros mostra como Orwell via que tudo que acreditamos pode ser facilmente alterado, é só ser mostrado que aquilo não aconteceu. George mostra nas duas obras, a que ponto os seres vivos podem chegar a uma busca pelo controle, e a que condições miseráveis colocam os demais. Mas mostra que sobre tudo nossa escolhas é que denominam o que irá acontecer depois de tomado o caminho não existe mais volta.
Existem muitos livros que devem fazer parte daqueles que figuraram a sua vida, 1984 é um deles, não somente pela brilhante narrativa de Orwell, nem por sua incrível Novilíngua, mas principalmente por conseguir mostrar um lado político que figuraria num futuro, é um texto dinâmico que realmente consegue se enquadra em qualquer ano que for lido, não em sua totalidade, mas na sua essência de hierarquia e dominação, mostrando-nos a perspectiva de que não devemos acreditar em tudo que ocorre, é uma obra política/romântica, empolgante, um pouco complicada em sua essência o que causa grandes confusões, porém como definiu o próprio Orwell quando o mandou para o seu agente “uma Utopia escrita na forma de romance”.
Vitória.


Baseado no livro 1948 de George Orwell.

ONDE ESTÁ A LIBERDADE DE EXPRESSÃO?



Na era da tecnologia acima de tudo, passamos a viver conectados com o mundo através da internet, um território livre, neutro, onde todos falam o que querem e o que pensam. E não é só na rede mundial de computadores que isso acontece. Tudo no mundo moderno baseia-se na teoria da liberdade de expressão para todos. Mas até que ponto somos realmente livres para pensar e agir como queremos?
O que chamamos de “sociedade” é na verdade uma espécie de instituição criada pelo próprio homem afim de regular as ações do todo. As leis e regras que nos governam punem todo e qualquer ser humano que pensa ou age fora dos padrões. Sendo assim, onde está a liberdade de expressão? Está nas ruas, onde existem cada vez mais câmeras de vídeo assistindo a cada passo que damos? Está na internet, onde somos monitorados 24 horas por dia? Não. Aprendemos a noção de certo e errado ainda pequenos e a partir disso passamos a seguir as regras da tal sociedade. Mas se nos ensinam o que é certo e errado, como podemos ser livres para pensar e formar nossa própria opinião? Onde está, afinal, a liberdade de expressão?
Creio que tenho a resposta: a liberdade de expressão só existe na imaginação das pessoas. E, enquanto o ser humano não aprender a respeitar a opinião do próximo ao invés de usá-la como motivo para o ódio, não vai sair de lá.



Émerson L. da Costa


Baseado no tema do livro 1984, George Orwell.